quarta-feira, 27 de abril de 2016

Miguel Torga e sua importante colabaração para o movimento modernista


fotografia de Miguel Torga


Nascido em São Martinho de Anta em Vila Real, Portugal, Miguel Torga, pseudônimo de Adolfo Correia da Rocha, foi, assim como Sophia de mello, um dos mais influentes poetas e escritores portugueses do século XX. Destacou-se como poeta, contista e memorialista, mas escreveu também romances, peças de teatro e ensaios. Foi laureado com o prêmio Camões de 1989, o mais importante da língua portuguesa.
Em 1934, aos 27 anos, Adolfo Correia Rocha cria o pseudônimo "Miguel" e "Torga". Miguel, em homenagem a dois grandes vultos da cultura ibérica: Miguel de Cervantes e Miguel de Unamuno. Já Torga é uma planta brava da montanha, que deita raízes fortes sob a aridez da rocha, de flor branca, arroxeada ou cor de vinho, com um caule incrivelmente retilíneo.
A obra de Torga tem um carácter humanista: criado nas serras transmontanas, entre os trabalhadores rurais, assistindo aos ciclos de perpetuação da natureza, Torga aprendeu o valor de cada homem, como criador e propagador da vida e da natureza: sem o homem, não haveria searas, não haveria vinhas, não haveria toda a paisagem duriense, feita de socalcos nas rochas, obra magnífica de muitas gerações de trabalho humano. Para Miguel Torga, nenhum deus é digno de louvor: na sua condição omnisciente é-lhe muito fácil ser virtuoso, e enquanto ser sobrenatural não se lhe opõe qualquer dificuldade para fazer a natureza - mas o homem, limitado, finito, condicionado, exposto à doença, à miséria, à desgraça e à morte é também capaz de criar, e é sobretudo capaz de se impor à natureza, como os trabalhadores rurais transmontanos impuseram a sua vontade de semear a terra aos penedos bravios das serras.

No link abaixo, você poderá encontrar diversas poesias desse merecidamente conhecido poeta.


Um comentário:

  1. Poeta incrível, seu nome está merecidamente marcado na história do modernismo.

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